quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Aduberval é um cara bacana!

Aduberval é um rapaz que, certa vez, conheci. Ele tem uma “coisa” que é difícil encontrar hoje em dia: sinceridade, delicadeza, coragem. Depois de conhecê-lo, fiquei refletindo sobre o medo que as pessoas têm de se deixar envolver. Ele se deixou envolver, sem medo de ser feliz nem de sofrer.

Eu costumo dizer que estou no mundo pra viver de tudo. E viver implica sofrimento também. Ou seja, não vai pensando que dá pra ser feliz sempre. Chega uma hora que o encanto e que o feitiço se quebram e aí... aí dói. Mas essa parte da vida, quando há sofrimento, não deve ser encarada com tristeza. Não. Deve ser encarada com a mesma alegria dos momentos bons. Aliás, se não fossem os momentos ruins, como saberíamos quais são os bons?

É aquela velha história do sol e da sombra, do dia e da noite, do sim e do não...

Aduberval é, realmente, um cara legal. Ele sabe ser feliz. E sabe ser triste também. Sabedoria é isso.

Taí uma coisa que eu não tenho medo: sofrer. Até porque o medo trava, nos impede de viver. E eu quero é ser feliz em uns momentos e me danar em outros. Senão não tem graça essa vida! Quero ter dor na barriga de tanto rir e dor de cabeça de tanto chorar. Não necessariamente nessa ordem.

Valeu, Adúber, por ser esse cara tão bacana!

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Lagrimas de Jabalon

Ontem, na noite de Natal, depois de ceiar e celebrar com vinho e champanhe, eu e a Paz entramos a madrugada acompanhadas das Lagrimas de Jabalon. Como costumamos fazer sempre no Solar dos Cazarré, conversamos a respeito da vida até nao poder mais. Essas Lagrimas, deliciosas, molhavam nossas palavras e me faziam pensar melhor. Inspirada por elas, me lembrei muito do Brasil. Nao com tristeza ou angústia, mas com amor e saudades.

Já percebi, principalmente com os relatos das minhas amigas distantes, que esses momentos de saudades serao uma constante em minha estadia espanhola. Claro, óbvio. Isso todo mundo sabe. Mas acho mesmo que, só estando fora de casa ou noutro país, se tem noçao da dimensao do que significa a palavra saudade. Uma palavra tao brasileira... Talvez uma das mais lindas de todas, ao lado de pirilampo, borboleta e amora.

Já sinto saudade do samba, da alegria brasileira, das gargalhadas sonoras...

Essa saudade, sentimento meio difícil de explicar, é boa. Ainda. Ainda nao conseguiu me arrancar lágrimas. Nem mesmo Jabalon conseguiu. Seguramente porque estou feliz. Cheia de novas perspectivas e planos. Aqui tudo é novo e diferente.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Solar dos Cazarré



Um mix de retiro espiritual, intelectual, gastronômico e fitoterápico.

Lá você pode comer bem e beber muito! Aliás, você pode escolher entre cachaça, cerva, uísque, amarula, champanhe e vinhos (do porto, branco, tinto, rosé) todos os dias do ano. Além do mais, lá você também pode desfrutar a arte de fumar. Temos narguilê com diversos sabores de tabaco, cigarrilhas importadas, fumos de rolo, pitos de palha, cigarros nacionais e artesanais. Coisa fina. Manufaturada na hora.

O cardápio fica por conta da chef, uma gaúcha trilegal que sabe misturar ingredientes como ninguém. Com o domínio absoluto das colheres de pau, dos descascadores de batata, dos martelos de bife e do espremedor de laranjas, ela encanta a todos que provam de seus quitutes. E joga em todas as áreas: doces, salgados, saladas, grelhados, assados e drinks (Ph. D. em biritas!). É sempre uma experiência única. Explosões de sabor no céu da boca.

Na hora do almoço, impreterivelmente, há palestras e simpósios sobre a atual conjuntura política do Brasil e do mundo. Nessas horas, como que num passe de mágica, compreendemos todos os problemas e vislumbramos todas as soluções para um planeta melhor. É imperdível. Momento de expansão do conhecimento.

Agora, o que você não pode perder são as tertúlias noturnas. Elas têm hora para começar, mas não pra acabar. Só acaba quando os estoques (generosos) de substâncias que causam embriaguez se esgotam. Nessas reuniões os assuntos são variados. Fala-se de cinema, teatro, política, música, gastronomia... de tudo. De escatologia à filosofia. Importantíssimo para pessoas que vão fazer provas de conhecimentos gerais em concursos públicos! Aliás, essas provas são elaboradas a partir de nossas tertúlias.

Bom, isso sem falar nos diferentes ambientes que você poderá desfrutar: jardim de inverno “a la Frida Kahlo”, salão de TV climatizado (onde você poderá acompanhar todos os jogos do campeonato brasileiro e, pasmem, campeonatos mundiais de rúgbi e sumô), biblioteca com todos os clássicos da literatura russa, área externa com churrasqueira e frigobar (sempre abastecido com dezenas de garrafas de Bohemia) e quintal para as crianças. Imperdível.

E isso é só uma pequena amostra do que vocês encontrarão no Solar dos Cazarré. Convido a todos para desfrutarem de momentos inesquecíveis conosco.
Música, arte, lazer, gastronomia. Tudo isso em um só lugar!



segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Rainha do Mar

Iemanjá pra mim não é só a minha mãe, minha orixá de cabeça no candomblé. Ela é Nossa Senhora. Ela é a natureza. Ela é a lua. É o mar, a praia. É a minha intuição. É meu anjo da guarda. É a minha proteção. É ela que me ajuda a dormir nas noites de insônia, que me tapa os ouvidos de vez em quando, que me sussurra ao pé do ouvido.

Ela é a essência do feminino. Tem a vibração do samba. Tem a batida que arrepia. Tem o suingue, o requebre. Tem a alegria, a embriaguez, o sorriso.

Odô Iá!

sábado, 1 de dezembro de 2007