segunda-feira, 20 de abril de 2009

Indo...

Tenho o peito doído, o coração batendo forte, uma mistura de vários sentimentos, a cabeça a mil. Só de imaginar a sensação de estar em Brasília e rever tudo, o ar me escapa dos pulmões. O peito dói um pouquinho. Mas já já passa.

A hora do encontro é também despedida e eu começo a sentir saudade de Madrid. Caminho por suas ruazinhas com o coração apertado, imaginando que pode ser a última vez em muito tempo. E só de pensar nos amigos que ficam...

Como num passe de mágica, tudo desaparece. Puf!

Não sei como será sem esses bares enfumaçados, sem o ritual de comer sardinhas no Rastro, sem as tertúlias com a Mari Paz, sem os porres com a Luz, sem ir à Filmoteca com o Álvaro, sem filosofar com o Hique... não sei.

Só sei que vai ser bom demais!

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Smoke


Eu conheci um cara que disse que ia pesar the smoke of his cigarrillo. Todo mundo duvidou, disseram que he estava crazy, que seria como tentar pesar the air. Pero ele foi more sagaz de lo que imaginávamos.

Brought uma balança e pesou o cigarro. Logo, he smoked tranqüilamente, echando las cenizas en la balança. Y, por fin, juntou a colilla y verificou o peso. The diference entre os pesos era cuanto pesava o humo.

Amazing, no? A mí me parece. Não sei como não havia pensado nisso antes.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

O vestido e a flor


Eu não procurava ninguém. Mas te vi...
Só que esqueci o seu rosto. Esqueci como era. Não lembro o que dizia, nem que roupa usava. Você desapareceu. Acho que nunca mais te vi.

Eu fui embora. Vou, de vez em quando, a algum lugar.
Gosto das ruazinhas estreitas e do barulho da água descendo pelo encantamento das casas. Gosto das varandas com flores e do sol queimando a minha pele.

Ia com um vestido branco, florido. O cabelo solto. Sandálias frescas.
Fumava um cigarro com a mão esquerda. Dirigia escutando música boa, o som bem alto. Arrepiava e experimentava uma sensação de liberdade e falta de ar.

Sentada naquela praça, escutando os pássaros e as crianças, tinha a sensação da iminência do encontro. A partir desse dia, tal sensação voltaria a encharcá-me o peito freqüentemente.

Quem é você?

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Confissões



Devo confessar que ainda penso em ti. Que ainda povoas os meus sonhos. Que imagino como será o nosso reencontro. Que gostaria de poder me atirar aos teus braços, sem vacilar.

Que quero ver a tua cara, a tua barba, o teu sorriso, os teus olhos. De perto. Quero te beijar, te abraçar, te cheirar. Chorar de alegria agarrada no teu pescoço. Sorrir, fazer amor, dormir de conchinha, me aninhar no teu corpo.

Tuas reticências me fazem perder o sono. Se ao menos eu soubesse...

A menina e o sapo.


Ao seu lado, ela sempre se sentia intimidada. Não sabia bem o porquê. Logo ela, que sempre foi tão segura! Ele era forte e bonito. Falava com entusiasmo de suas andanças pelo mundo e a contagiava. Tinha uma visão tão prática e positiva das coisas! Quando o escutava, se sentia como uma criança resmungona que não sabe olhar pra vida como se deve.

E lhe contava histórias de outras mulheres... Às quais ela escutava calada, com um sorriso amarelo, tentando disfarçar o incômodo. Ele a via como amiga. Mas ela queria ser mais que isso. Queria ser a moça linda e encantadora que ele havia conhecido do outro lado do mundo. E ele contava detalhes que lhe doíam os ouvidos, mas ela não era capaz de reagir. Ficava ali, escutando e sofrendo, e querendo que ele mudasse logo de assunto.

Se sentia como uma menininha que admira um ator de cinema. Estranhas sensações ele lhe causava. Desconsertava, incomodava. Mas ela gostava mesmo assim.

sábado, 4 de abril de 2009