Sabe, às vezes eu me sento aqui, na frente do computador, e tento escrever algo interessante. Interessante pra quem? Sei lá, pra mim. Bem, isso não vem ao caso, o que passa é que começo e apago. E apago. E apag...
Bom, hoje resolvi que vou até o fim. Mas onde isso vai terminar? Yo que sé... joder, no me haga más preguntas.
Eu posso escrever sobre o bate papo maravilhoso e super esclarecedor – em todos os sentidos que essas palavras possam ter – com a Ju. Aliás, eu tenho que dizer, eu amo a Ju, ela é tão, tão... fofa. E ela tem uma coisa, assim, linda. É de uma sensibilidade rara. Isso sim.
A gente falou da vida, da vida fora, longe, só, feliz. A gente falou da pressa de que a vida aconteça, ainda que ela esteja acontecendo – intensa – nesse exato segundo. A gente falou da vontade de ter as coisas bem resolvidas, ainda que o bacana seja relaxar e aproveitar. Falamos também do prazer das pequenas coisas, sabe? Tipo Amelie Poulain, quando enfia a mão num saco de cereais.
Ah, a gente comentou o tanto que é bom ver utilidade nas coisas inúteis e como isso nos faz bem. Por exemplo, um vaso de plantas furado mas com umas florezinhas lindas desenhadas!
Falamos de como o tempo passa rápido e de que como a gente quer que passe mais ainda pra poder ver nossos sonhos realizados. E nos demos conta também que já realizamos e estamos realizando um outro montão de coisas.
Comentamos o quanto é bom – e difícil – estar num outro país, se relacionar com gente de línguas, costumes e culturas diferentes da nossa. E de como aprendemos com essa galera!
Nos demos conta que estamos numa sintonia tremenda, ainda que em continentes diferentes, separadas por um oceano gigantesco. E que, na verdade, essas distâncias são só geográficas.
Falamos pra caralho! Que bom! Tava sentindo falta de falar, falar, falar. De falar com alguém para quem você não precisa explicar nada, para alguém que já te conhece.
È que é foda, sabe? Ás vezes eu quero contar uma história, mas sem ter que dar o contexto histórico. E aqui, com os meus mais novos “amigos”, eu tenho que explicar um bocado de coisas... aí prefiro ficar calada.
Mas hoje resolvi falar. E resolvi escrever. Porque isso me faz bem.