Durante
muito tempo eu escrevi. Escrevi sobre um montão de coisas. Coisas inúteis,
coisas bacanas, coisas... mas daí as coisas mudaram.
Virei mãe.
Amei estar
grávida e amei parir. A minha filha.
Me recolhi.
Tentava escrever, mas não conseguia.
Estava ali.
Todinha. Pra ela.
Novamente o
tempo passou e, mesmo sem me dar conta, voltei a escrever. Só que agora
escrevia notas, cabeças, VT`s, chamadas, off`s...
Gostoso
também. Gosto de escrever por obrigação. Sei escrever sob pressão.
Mas,
estranho, tanto tempo depois, logo hoje, 12 do 12 de dois mil e 12, me deu
vontade de escrever... de novo.
Vontade de
escrever a respeito das coisas banais; vontade de escrever sem saber quem vai
ter saco de ler; vontade de escrever, simplesmente.
Olho para a
minha filha e sinto na boca o gosto gostoso do amor. Como é bom amar! E sentir
o cheirinho doce que ela tem!
Como é bom
ser amada! E sentir que estou viva! De novo.