segunda-feira, 21 de abril de 2008

Sobre o recheio das pessoas




Tem gente que nasce recheada de doçura, de leite condensado. Tem gente com recheio de mel, de limão, de vinho, de cachaça, de pêssego, de pimenta, de chuchu...

Tem gente que parece que tá crua, podre, estragada, mal passada. Tem doce, amarga, azeda, fria, quente. Tem de todo tipo.

Há uns que têm as entranhas fétidas e o sangue ralo. Tem sangue espesso, vermelho, azul. Tem uns que correm nas veias. Tem outros que sobem à cabeça. Tem gente que doa e tem quem recebe.

Alguns corações batem fortes e outros têm arritmia. Tem coração que logo pára de bater. Tem uns que batem por anos e anos e anos, sem nunca falhar. Tem coração grande, mole, de galinha, de ferro, de manteiga...

Tem recheio bom e recheio ruim.

Tem gente que apodrece por dentro. Logo se nota o fedor quando se aproximam.

Tem gente recheada de versos, de música, de cores, de amores, de alegrias, de amigos.

Tem uns que dá até vontade de comer e lamber os dedos, de tão gostoso que é o recheio. Hum...

Por outro lado, tem aqueles que dão asco, vontade de vomitar. Mal gosto.

E tem gente que parece que veio sem recheio, sem alma.

quarta-feira, 9 de abril de 2008


A vida é uma roleta em que apostamos tudo.

Todos temos nossas fichas. Podemos optar. Nós decidimos o que fazer com elas. Temos o livre arbítrio.

Podemos jogar tudo de uma vez, fazer pequenas apostas, guardar as fichas, deixar pra amanhã...

E nesse jogo da vida não tem uma opção melhor que outra. Falou, tá falado. Porque depois de feita uma escolha, não se pode voltar atrás. Aposta é aposta.

Não tem essa de que “eu era café com leite”, “assim não vale”, “não quero mais jogar”.

Assim penso eu.

jeans e formiga