sexta-feira, 18 de junho de 2010

A culpa é da mãe!


Já ouvi várias pessoas afirmarem que os bebês, até os três meses de vida, não conseguem perceber sua individualidade, são como uma extensão do corpo da mãe, não sabem onde termina um e começa o outro, etc. Pode até ser, mas, a cada dia que passa, estou mais convencida de que, na verdade, é o contrário. São as mães que, depois de nove meses com seus bebês na barriga, fabricando-os, dão `a luz a um ser humano que é fruto da sua carne, e não conseguem separar muito bem as coisas. É claro que nós, mães, sabemos que não se trata de um único ser, mas é como se fosse. Por exemplo, se a Gigi chora (por qualquer motivo), eu fico triste. Se ela está feliz, assim também estou eu. Se seus gritinhos incomodam alguém, sinto-me como se eu estivesse sendo inconveniente. Se tem dor de barriga, parece que a culpa é minha (devo ter comido algo que lhe fez mal!). Se não tem sono, a culpa é minha de novo (será que não devia ter levado ela pra casa da minha mãe? Tinha muita gente lá...).
É esse senso de responsabilidade (pra não dizer culpa) que nos confunde, que não nos deixa perceber que somos dois, apesar de estarmos vivendo essa simbiose por enquanto...