Juja, tá difícil escrever sobre a chegada. Mas vou tentar.
Depois de passar pelo controle da polícia, ainda no aeroporto de Madrid, senti um vazio. Chorei muito, sem saber o porquê. Era uma mistura de alívio e tristeza. Mas logo me acalmei e dormi o vôo inteiro. Aí cheguei!
As duas primeiras semanas foram só farra. Rever os amigos, bater papo com os coroas, comer a comidinha da mamãe, ir à praia (sim, fui ao Rio, que, por sinal, continua lindo!), tomar sol, ceveja, dançar...
Ainda tô chegando, me acostumando a morar em família outra vez, a dirigir, a fugir das blitzes, sei lá. Por outro lado, chegar é maravilhoso. Parece que velhas e tolas ilusões se desintegram, escorrem entre os dedos. Como uma doce e suave pitada de realidade e pé no chão.
Me lembro de toda a expectativa que vivi antes de ir pra Espanha e como a vida lá foi real. Sabe? Acho que na volta rolou algo parecido. Expectativas piscianas - como se eu tivesse esquecido como é o Brasil.
Sair de uma realidade e entrar em outra, dói. Mas é tão bom!!! O melhor talvez seja a mudança de perspectivas. Caí da cama, acordei. Mas gostei de ver o que estava diante dos meus olhos. Agora deixo as lembranças adormecidas seguirem adormecidas. Prefiro escrever um novo capítulo, mais fresco, mais belo e mais meu.
Se é que você me entende...
Beijos no coração.
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Um comentário:
Ah linda, cair da cama é o que há! A desilusão é um presente - dela nasce a realidade, verdade druris de engolir às vezes... Fico feliz que está otimista e desiludida!
Mil beijos!
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