segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

A vida como ela é...


Sabe, às vezes eu me sento aqui, na frente do computador, e tento escrever algo interessante. Interessante pra quem? Sei lá, pra mim. Bem, isso não vem ao caso, o que passa é que começo e apago. E apago. E apag...

Bom, hoje resolvi que vou até o fim. Mas onde isso vai terminar? Yo que sé... joder, no me haga más preguntas.

Eu posso escrever sobre o bate papo maravilhoso e super esclarecedor – em todos os sentidos que essas palavras possam ter – com a Ju. Aliás, eu tenho que dizer, eu amo a Ju, ela é tão, tão... fofa. E ela tem uma coisa, assim, linda. É de uma sensibilidade rara. Isso sim.

A gente falou da vida, da vida fora, longe, só, feliz. A gente falou da pressa de que a vida aconteça, ainda que ela esteja acontecendo – intensa – nesse exato segundo. A gente falou da vontade de ter as coisas bem resolvidas, ainda que o bacana seja relaxar e aproveitar. Falamos também do prazer das pequenas coisas, sabe? Tipo Amelie Poulain, quando enfia a mão num saco de cereais.

Ah, a gente comentou o tanto que é bom ver utilidade nas coisas inúteis e como isso nos faz bem. Por exemplo, um vaso de plantas furado mas com umas florezinhas lindas desenhadas!

Falamos de como o tempo passa rápido e de que como a gente quer que passe mais ainda pra poder ver nossos sonhos realizados. E nos demos conta também que já realizamos e estamos realizando um outro montão de coisas.

Comentamos o quanto é bom – e difícil – estar num outro país, se relacionar com gente de línguas, costumes e culturas diferentes da nossa. E de como aprendemos com essa galera!

Nos demos conta que estamos numa sintonia tremenda, ainda que em continentes diferentes, separadas por um oceano gigantesco. E que, na verdade, essas distâncias são só geográficas.

Falamos pra caralho! Que bom! Tava sentindo falta de falar, falar, falar. De falar com alguém para quem você não precisa explicar nada, para alguém que já te conhece.

È que é foda, sabe? Ás vezes eu quero contar uma história, mas sem ter que dar o contexto histórico. E aqui, com os meus mais novos “amigos”, eu tenho que explicar um bocado de coisas... aí prefiro ficar calada.

Mas hoje resolvi falar. E resolvi escrever. Porque isso me faz bem.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008


terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

O tempo passa...

Muitas saudades da presença dessa amiga linda!!!

A gente era tão fofa, tão menina... Adoro ver minhas amigas virando mulheres.

Tita, te amo!

Saudade

A saudade dói no peito. Aliás, a saudade, diferente de outros sentimentos, não se sente apenas, se tem. E eu tenho.

Eu tenho saudade de coisas banais. Tenho saudade de fechar as cortinas do meu quarto, de dirigir, de escutar os discursos do velho Cazarré (vulgo Old Caza), dos recadinhos do Tio Juarez (desses a família Cazarré toda sente falta), de invadir o quarto do Érico e ficar aí, sem fazer nada, só observando...

Tenho saudade dos reclames e dos quitutes da mama, tenho saudade do Ju, me dizendo: Força!, tenho saudades dos amigos e das amigas, dos verdadeiros. Tenho saudade da minha casa – do cheiro dela-, de fumar Carlton, de falar e escutar o português, de ir pra Água Mineral, de ver futebol na tv, de ir pro Beiras, de ir pro clube, de ver o Lago, de sentir calor, de me embriagar e tecer teorias loucas (muitas delas bastante coerentes)...

Tenho saudade de tudo aquilo que me compõe, desse montão de pedacinhos de mim mesma. E, aqui, agora, só, percebo que a saudade é como um vício. É um desejo de ter novamente tudo aquilo que tinhas ontem, ano passado, agora há pouco...

A saudade é o nosso lado mimado que se manifesta dizendo “eu quero”. Seja o que for. Pode ser um amor, um amigo, um objeto, um dia, uma fatia de pão com manteiga...

Na verdade, acho que a saudade não é nada mais que uma manifestação de amor. E o amor, como bem disse, certa vez, um filósofo fatal, pode se manifestar a qualquer momento, por qualquer coisa. Eu posso amar uma manhã, sob determinados raios de sol....

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Eu vivo numa água-furtada

Eu vivo numa água-furtada
Da janela vejo a lua
Daqui de dentro escuto os pássaros
Escuto tons, Vinicius
Acendo incensos, velas
Azuis, brancas
Vejo estrelinhas caindo...

Tem uma floresta embaixo
Jardim de inverno no inverno
Tem sol, frio, vento

A música toca e toca
O cinzeiro enche, esvazia
O colchão enche, esvazia
A geladeira enche, esvazia
As páginas vão passando
As noites caindo...

O Brasil é aqui
Há muitas cores coloridas
Tem laranjas, limões e pêssegos

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Meias listradas


Em homenagem ao Ju, meu irmão mais velho predileto, resolvi escrever, inspirada por palavras suas e de Epícuro, sobre a felicidade.

A minha felicidade, nos últimos tempos, tem se resumido a: orégano fresco, meias listradas, música brasileira, colchão inflável, incensos e velas, caminhar sem rumo, ler o jornal de manhãzinha tomando café e fumando, comer a comida da Luz, passar frio, ligar o aquecedor, esquentar as mãos no suvaco e descobrir novos cantinhos e detalhes da minha casa.

Quer mais?

Eu não preciso de mais.

Caracóis

Os caracóis são animais muito graciosos, na minha opinião. São lesminhas, tem anteninhas, se arrastam devagarzinho, se disfarçam na natureza.

Os caracóis moram dentro de si próprios. Isso é fantástico! Eu não ia achar ruim tem uma carapaça bem forte, que me protegesse desses gigantes que andam soltos por aí. Qualquer coisa ruim que me acontecesse, eu entraria pra dentro da minha casa e pronto! Poderia ficar aí dentro horas, esperando as tormentas acabarem e me conhecendo melhor, sozinha, dentro de mim mesma.

Ah, se eu fosse uma caracola, eu não precisaria me preocupar com decoração de interiores, ou melhor, design de interiores (mais chique!)... Não precisaria me preocupar em pagar o aluguel, a conta de água, luz, telefone... a conta do boteco, o preço da cerveja, a conversão monetária, a bolsa de valores, a previsão do tempo, a corrupção deslavada... Não!

Um dia ainda nascerei caracola. Essa será minha última existência na Terra e a mais iluminada de todas. Depois disso, como diria meu velho amigo Raul, poderei voltar para a minha galáxia.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

O sapo...

Tomara que vire príncipe...

sábado, 2 de fevereiro de 2008

É hoje!!!!


Hoje é dia de Iemanjá! Odô Iyá!

“As filhas de Iemanjá são voluntariosas, fortes, rigorosas, protetoras, altivas e, algumas vezes, impetuosas e arrogantes; têm o sentido da hierarquia, fazem-se respeitar e são justas mas formais; põem à prova as amizades que lhe são devotadas, custam muito a perdoar uma ofensa e, se a perdoam, não a esquecem jamais. Preocupam-se com os outros, são maternais e sérias. Sem possuírem a vaidade de Oxum, gostam do luxo, das fazendas azuis e vistosas. Elas têm tendência à vida suntuosa mesmo se as possibilidades do cotidiano não lhes permitem um tal fausto.”

Pierre Verger.