quarta-feira, 15 de abril de 2009

O vestido e a flor


Eu não procurava ninguém. Mas te vi...
Só que esqueci o seu rosto. Esqueci como era. Não lembro o que dizia, nem que roupa usava. Você desapareceu. Acho que nunca mais te vi.

Eu fui embora. Vou, de vez em quando, a algum lugar.
Gosto das ruazinhas estreitas e do barulho da água descendo pelo encantamento das casas. Gosto das varandas com flores e do sol queimando a minha pele.

Ia com um vestido branco, florido. O cabelo solto. Sandálias frescas.
Fumava um cigarro com a mão esquerda. Dirigia escutando música boa, o som bem alto. Arrepiava e experimentava uma sensação de liberdade e falta de ar.

Sentada naquela praça, escutando os pássaros e as crianças, tinha a sensação da iminência do encontro. A partir desse dia, tal sensação voltaria a encharcá-me o peito freqüentemente.

Quem é você?

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