terça-feira, 9 de setembro de 2008

sobre a brevidade das coisas



Eu estive sentada nessa mureta, provavelmente, uns trinta segundos... Suficiente tempo para que Anita tirasse a foto e seguíssemos caminhando por Paris.

O fundo tampouco era muito espetacular e encantador... mas, paramos aí, vai saber deus porquê, e batemos fotos, uma da outra.

Pois é, aquele momento passou. Mas a foto ficou.

Assim é a vida.

Esse momento, especificamente, não vai deixar marcas profundas em nossas vidas. Nem na minha, nem na da Tita, embora eu esteja segura de que a viagem, como um todo, tenha sido inesquecível.

Outras lembranças falarão mais alto na hora em que nos sentarmos, seja com a Ju, seja com a Cadija, seja com nossos pais, seja com quem for, pra contar as tantas histórias. Mas esse momento, inexplicavelmente, ficará registrado enquanto essa foto existir.

Assim é a vida.

Existem momentos aparentemente tolos, que, sem que percebamos, nos marcam a vida pra sempre. E não me refiro especificamente a nada.

Me refiro justamente a essa coleção de não-momentos que, de uma maneira ou de outra, fizeram parte de nossas vidas. Lembremo-nos, ou não, deles.

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