domingo, 9 de novembro de 2008

Manter intactas as canelas dos outros



Tem muita gente que fala do “Jogo da Vida”. Eu não sou uma delas. Mas, pensando bem... sim, se pode encarar a vida como um jogo. Você tem que vencer obstáculos, fazer apostas, arriscar, saber perder, saber jogar...

Isso me lembra uma canção chamada Fallaste Corazón, um clássico. A versão que escuto é de Amélia Rodrigues. “A vida é a roleta em que apostamos tudo”.

Eu, sim.

Somos bilhões tentando sobreviver. E cada um tem seu objetivo a alcançar. Uns querem dinheiro, outros querem amor. Ter, ser, poder, vencer, querer, comer, morrer. Várias metas distintas.

Como em qualquer jogo, nem todos ganham. Mas todos tentam. Ou melhor, quase todos. Sempre tem uns que se rendem antes do fim.

“Café com leite”.

Tem gente que joga pra ganhar. Tem os que vão distraídos, sem muito entusiasmo, olhando atônitos e perdidos pro tabuleiro... sem saber o que fazer.

O problema é que as regras não foram pré-definidas. Elas são inventadas e alteradas ao longo da partida. E sempre há controvérsias.

Tem gente que joga sujo. Desses, eu não gosto. Os que blefam, os que roubam, os que tentam te passar pra trás.

Afinal, é só um jogo...

Porque tem gente que leva tudo tão a sério?

Eu acho que, na vida, o principal objetivo deveria ser: Manter intactas as canelas dos outros.

E esse é o esquema: cada um com sua concepção de jogo, com seus dados, com as suas fichinhas, com o seu tabuleiro, roleta, peões, cores, pontos, vitórias, empates e derrotas. Mas respeitando sempre as canelas alheias.

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